domingo, 18 de março de 2012

Receita

Salada de gambas e papaia, com molho de lima. Uma delícia!
Sempre que sou convidada para jantar em casa da H. e do Miro, sei que a comida será deliciosa e que provavelmente incluirá ingredientes que eu não consigo identificar. Assim, também aprendo habitualmente algo de novo.

Confesso que sou uma cozinheira mediocre e que admiro as pessoas que conseguem confecionar refeições magníficas. 
Quando vi qual era o tema do Desafio de domingo desta semana no blogue do Jake, soube que precisava de ajuda a a primeira pessoa de que me lembrei chama-se Miro. Ele gentilmente concordou em partilhar uma receita comigo e com o meu blogue.

Se passarem pela zona de Albufeira, no Algarve, podem provar alguns dos seus muitos pratos no Restaurante Jompra. O Miro é o chef lá.

Entretanto, aqui vai uma receita:
Salada de gambas e papaia, com molho de lima (entrada, para 8 pessoas)
Ingredientes:
750 g camarão 18/20 com a casca, sem cabeça
2 papaias grandes cortadas em cubos
1 cebola vermelha pequena, em juliana
2 talos de rama de aipo cortado em rodelas finas
2 colheres sopa de hortelã fresca esfarrapada

Molho:
125 ml azeite virgem extra
60 ml sumo de lima
raspa de lima q.b.
2 colheres chá gengibre, fresco raspado
1 colheres chá açucar
sal q.b.
pimenta preta do moinho q.b.

Preparação:
Descasque o camarão e retire a tripa. Coza em água com sal durante 2 minutos em lume brando e deixar arrefecer na água.
Misture os ingredientes para o molho com uma vara de arames e tempere com sal e pimenta.
Numa tigela envolva cuidadosamente os ingredientes para a salada com o molho.
Sirva a salada à temperatura ambiente.
Pode guarnecer com um raminho de hortelã fresca.
Para empratar como na fotografia, utilize um aro de cozinha, colocando os ingredientes dentro, pressione um pouco e retire o aro com cuidado.

Experimente!




sexta-feira, 2 de março de 2012

Sou africana e tenho orgulho nisso

Lancei o meu primeiro blogue, dei-lhe o nome Africa to Algarve, por isso está na hora de escrever algo sobre África.

Por onde começar?

Passei a minha juventude em África. A vida era simples e descontraída. 

Na capital da Rodésia, Salisbúria (agora Harare), havia muitas avenidas como esta na imagem e começou aí o meu amor pelas árvores.

Blakiston Street - Harare, 1975 (fonte: wikipédia - foto de Graham Bould)
Uma das minhas árvores preferidas era a Flamboyant (Delonix regia), também conhecida como a flor do paraíso, com as suas enormes flores cor de fogo - uma vista deslumbrante no verão.

Em 1970, eu e a minha mãe passámos alguns meses em Portugal, com a minha avó materna e a família alargada. Lembro-me de apenas gostar da grande variedade de tons de verde do campo português e dos dias de verão que só terminavam depois das 21 horas devido à Hora de Verão (uma novidade para mim). Fiquei tão feliz quando o meu pai nos enviou os bilhetes de regresso que uma das minhas primas ficou ofendida de eu estar tão contente com a ideia de voltar ao terceiro mundo!

Mais tarde, em 1977, os meus pais decidiram que seria mais seguro voltar a Portugal. Angola e Moçambique estavam em alvoroço, víamos a situação triste dos retornados que se refugiávam na Rodésia e já havia bombas a explodirem em lojas no centro de Salisbúria.

Deixámos a Rodésia antes de esta se transformar em Zimbabwe e da guerra civil e consequente ditadura arruinar o belo e próspero país que me viu nascer. 

Custa-me muito terminar de forma triste esta mensagem, mas fiquei desolada ao ler que a esperança de vida no Zimbabwe é agora uma das mais baixas do mundo!




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